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Vertigem, Tontura e Desequilíbrio

publicado em 23 Mar. 2018

As alterações do equilíbrio são um problema cada vez mais prevalente e valorizado pela população.

 

Os termos médicos associados às alterações de equilíbrio são frequentemente usados incorretamente em linguagem coloquial. As sensações de “vertigem”, “tontura” ou “desequilíbrio” não são equivalentes – correspondem a diagnósticos e tratamentos distintos. Vejamos:

 

  • A vertigem caracteriza-se por uma ilusão de rotação da própria pessoa ou do meio envolvente;
  • As tonturas podem ser descritas como uma sensação de oscilação ou que se está a flutuar;
  • Os desequilíbrios estão associados a uma sensação de instabilidade durante a marcha.

 

Estes sintomas surgem por vezes associados a outros como alterações da audição, cefaleias (“dores de cabeça”), náuseas e vómitos, visão dupla e síncope (ou “desmaio”). Estes problemas interferem muito na qualidade de vida, estando associados a faltas ao emprego e elevado risco de quedas, com morbilidade associada, principalmente nos mais idosos. Ainda assim, é interessante notar que são sintomas que atingem todas as faixas etárias.

 

O médico otorrinolaringologista tem um papel fundamental no seu diagnóstico e tratamento. A colheita da história clínica detalhada, com ênfase nas queixas da pessoa, permite identificar a causa da vertigem em 75% dos casos. O exame objetivo feito na consulta de otorrino também é fundamental. Para complementar o diagnóstico existem exames cada vez mais específicos: audiograma, impedancimetria, videonistagmografia, posturografia e video head impulse test (teste do impulso cefálico com vídeo).

 

Em muitas situações, os sintomas de vertigem podem ser tratados pelo próprio otorrino durante a consulta. É o caso da Vertigem Posicional Paroxística Benigna, que se deve à deslocação de otólitos (os chamados “cristais”) no ouvido interno. A pessoa geralmente fica com queixas ao deitar-se, levantar-se e virar-se na cama. O seu tratamento é realizado através de manobras reposicionadoras (sequências de movimentos guiados pelo médico).

 

Outra causa menos frequente é a neuronite vestibular, uma causa de vertigem aguda, em que há inflamação do nervo do equilíbrio com sintomas de náuseas e vómitos associados.
Existem ainda patologias crónicas e recorrentes, como a Doença de Ménière e a Enxaqueca Vestibular. Estes casos devem ser diagnosticados e orientados precocemente.
O tratamento da vertigem pode, portanto, passar por uma combinação de simples manobras reposicionadoras, medidas dietéticas, medicação ou reabilitação vestibular, com acesso a meios avançados de plataformas dinâmicas que ajudam a estimular e moldar o equilíbrio.
É muito importante diagnosticar qual o tipo de alteração do equilíbrio que a pessoa apresenta, uma vez que as causas podem ser também neurológicas, cardiovasculares ou relacionadas com ansiedade.

 

Em resumo, considera-se fundamental a avaliação pelo otorrinolaringologista, tanto nos casos de vertigem aguda como nos casos de tonturas recorrentes, para um correto diagnóstico e tratamento.

 

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