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Olho seco: a importância da lubrificação ocular

publicado em 25 Fev. 2018

A síndrome do olho seco é uma alteração que se produz na superfície ocular por falta de lágrima ou por má qualidade da mesma.

 

É a patologia oftalmológica que mais frequentemente motiva consultas programadas e urgentes.

 

Os principais sintomas do olho seco são a dor, o ardor, a sensação de corpo estranho, a sensação de picadelas e areias, a fotofobia, o olho vermelho, a flutuação da visão ou a intolerância às lentes de contacto. Outro sintoma muito habitual do olho seco, e que desperta confusão nos doentes, é o lacrimejo que ocorre como reflexo à irritação do olho. Estas queixas são muitas vezes incapacitantes, limitando a realização de tarefas básicas como a leitura ou o uso de computador.

 

As pessoas em maior risco de sofrer de olho seco são pessoas idosas, mulheres no período da menopausa, pessoas sujeitas a medicamentos como antidepressivos, anti-histamínicos, ou os tratamentos com quimioterapia. É importante considerar a ação nociva da maioria dos colírios devido aos conservantes que utilizam e que são tóxicos para a superfície ocular, especialmente as gotas para o tratamento de glaucoma. O ambiente também desempenha um papel preponderante. Os sistemas de aquecimento ou ar condicionado, e o pestanejo insuficiente causado pela fixação do ecrã de computador durante longos períodos e sem pausas também são causas frequentes. A utilização prolongada de lentes de contacto agrava o olho seco. Por outro lado, a pessoa com olho seco apresenta menor tolerância ao uso de lente de contacto.

 

Os componentes das lágrimas são produzidos pelas glândulas lacrimais e pelas glândulas acessórias espalhadas pela mucosa do olho e pálpebras, pelo que doenças que interfiram no seu funcionamento causam perturbação na lubrificação ocular. São exemplos, doenças locais como a blefarite e a rosácea, ou doenças sistémicas como a artrite reumatoide, o lúpus, a síndrome de Sjogren, ou a paramiloidose familiar. Nestas doenças é fundamental uma avaliação por uma equipa multidisciplinar de Oftalmologia, Medicina Interna, Reumatologia, Neurologia ou Dermatologia.
Algumas sugestões para melhorar os sintomas do olho seco são evitar ambientes de fumo, ar condicionado ou com sistemas de aquecimento, fazer pausas regulares enquanto trabalha ao computador, utilizar adequadamente as lentes de contacto e fazer higienização palpebral.

 

Em relação ao tratamento do olho seco, existem no mercado vários tipos de lágrimas artificiais. São componentes que compensam as lágrimas naturais em falta, lubrificando e protegendo os olhos. Elas devem ser usadas quantas vezes quantas as necessárias até atenuar os sintomas. Devem-se dar preferência aos colírios sem conservantes e prestar especial atenção às soluções descongestionantes e vasoconstritoras que disfarçam os olhos vermelhos, mas agravam a secura ocular.

 

Os tratamentos cirúrgicos estão reservados para os casos em que as medidas ambientais e as lágrimas artificiais não são suficientes.

 

A síndrome de olho seco pode facilmente ser confundida erradamente com conjuntivites crónicas ou alergias.

 

O Trofa Saúde Hospital dispõe de uma equipa de profissionais altamente especializada na patologia do olho seco. Para um melhor acompanhamento e tratamento, marque a sua consulta e tire as suas dúvidas com os nossos especialistas.